sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

ESCOLA MUNICIPAL CRIANÇA FELIZ











Projeto
“ Pequenos multiplicadores”

Tema: Ler por prazer






“Queremos construir escolas para onde as crianças e os jovens e professores, todos gostem de si e sintam que são suas. Não as abandonem e delas não se deixem expulsar.” (FREIRE)


Autora: Maria das Dores Andrade de Barros

06/2007




INTRODUÇÃO




É possível explorar a leitura na escola através dos próprios alunos sensibilizando-os para serem multiplicadores de contadores de histórias. A intencionalidade deste projeto é envolver alunos do 1º e 2º ano do 2ºciclo a ler por prazer, para estudar e para transformar. Constituir interdisciplinaridade como estudo unificado propondo liberdade de escolha, orientados pelo educador como mediador de informações na aprendizagem. A leitura-estudo exige pesquisa, organização, seriedade, dedicação para entendimento da linguagem, tanto quanto a leitura-prazer faz parte da formação do leitor em construção. É universal que a leitura é poderosa: instrui, educa, nutre o imaginário, ensina a olhar o mundo e as pessoas de maneira diferenciada, instrumentaliza a visão crítica e permite a pessoa construir melhor sua história entender a dos outros.










06/2007


Justificativa

O presente projeto estabelece um conjunto de ações sistemáticas onde estabelece a qualidade e hábito prazeroso da leitura, divulgação da cultura e flexão dos gêneros literários. Ler passa a representar, portanto a afirmação do sujeito, de sua historia como condutor de linguagem e de sua singularização como intérprete. Baseado numa estatística educacional referente ao ensino aprendizagem anual da nossa unidade escolar, foi possível constatar um baixo rendimento nos desempenhos de leitura e escrita no que se reflete na evasão escolar e falta de estimulo para aprendizagem dos nossos educando. A intencionalidade deste projeto é envolver alunos do 1º e 2º ano do 2ºciclo a ler por prazer, para estudar e para transformar. Esta proposta tem a pretensão de atender a expectativa de uma interação sala de aula e brinquedoteca, analisada pela evolução que o projeto de leitura “ Pequenos multiplicadores” pode oferecer a comunidade escolar. É possível explorar a leitura na escola através dos próprios alunos, sensibilizando-os para serem multiplicadores e contadores de histórias. Constituir momentos, o contato com os livros multidisciplinar e em várias linguagens é indispensável. Conviver com os diferentes gêneros textuais aguça a capacidade de distingui-los e de entender seu funcionamento. É imperativo que o professor atue como mediador. A leitura-estudo exige pesquisa, organização, seriedade, dedicação para entendimento da linguagem, tanto quanto a leitura-prazer faz parte da formação do leitor em construção, segundo Rego “ ... Compreender a questão da mediação, que caracteriza a relação do homem com o mundo e com os outros homens, é de fundamental Importância justamente porque é através deste processo que as funções psicológicas superiores ,especificamente humanas, se desenvolvem...”

06/2007

OBJETIVO
Apreciar a leitura divulgando nossa língua redescobrindo o gosto pela literatura no diferentes gêneros.

Objetivos específicos
* Desenvolver a sensibilidade do papel de multiplicadores em contadores de história.
* Possibilitar aos estudantes meios que permitam a elaboração das atividades.
* Promover a integração dos participantes.
* Divulgar a cultura, através das leituras sistemática e reflexiva dos gêneros literários.
* Criar o habito de ler e contar história.
Medotologia
Após consultar os alunos do 1º e 2º ano do 2º ciclo (em média 15 para cada turno) de quem gostaria de participar do Projeto “Ler por prazer” reunir na brinquedoteca para conhecerem e criarem as regras da evolução do projeto. Os estudantes escolhem os livros, fazem leitura e dramatizam dentro deste mesmo espaço orientados pela professora (bibliotecária). Os alunos participarão no horário oposto ao seu turno de aula, no período de 03 horas durante 6 meses( das 9hs às 12hs e 13hs às 16hs). Para serem multiplicadores deverão dramatizar ou ler os livros escolhidos nos eventos anunciados, em nossa Unidade Escolar pela professora (bibliotecária) marcado antecipadamente.
AÇÃO
O planejamento para o trabalho com literatura deve observar os seguintes passos:
* definindo-se os títulos a serem lidos, deve-se ter em mente os objetivos que definem o interesse e as possibilidades de trabalho com os estudantes, em seguida pensar em atividades, materiais, espaço, técnicas e tempo disponíveis para o desenvolvimento do trabalho.
06/2007
Material
• livros * cadernos * lápis com borracha * lápis de cor *cartolina * piloto * cola * fita crepe
• * tesoura * jornal * revista velha
ATIVIDADES

O TRABALHO COM A LITERATURA POSSIBILITA.

*Leitura de título ou a visualização do livro para que os alunos imaginem a história.
*Narração do começo de uma historia, pelo professor, ou menção de um trecho que desperte a curiosidade do aluno pela continuação.
*Leitura do professor, após a leitura dos alunos, solicitando que modifiquem o final da historia.
*Discussão sobre as impressões causadas após a leitura.
*Estabelecimento de relação dos textos com outros já lidos.
*Exploração da leitura-estudo, que permite questionar o título, autor, ordem dos fatos, características dos personagens, lugar onde ocorrem os fatos, época em que tudo acontece, idéias veiculadas no texto, sentimentos provocados no leitor, variedade lingüística empregada etc.
*Explorando a seqüência de acontecimentos, comentários sobre as diferentes passagens, relação da história com o título, reflexão sobre o assunto etc.
*Valorização da leitura coletiva, na qual todos os alunos lêem o mesmo título e promovem discussões após a leitura, pois é mais instigante e permite mais reflexões e entendimento.
*Proposição para que os alunos se reúnam em equipes, e que cada equipe crie uma forma de apresentar a historia lida, utilizando diferentes estratégias: como dramatização corporal ou marionetes, musical, narrativa, jogral, painéis.
*Criação de outras atividades que a prática e a imaginação do professor e estudantes podem apresentar.
*Jogos educativos seqüencial sobre a leitura como interpretação textual.
*Prever situações de leitura em voz alta pelo professor e pelos os alunos.
*Promover leitura individual para estimular preferências e formar leitores autônomos.
*Quando for pertinente, envolver outras linguagens, como produções teatrais, música, pintura e cinema.
*Promover momentos de discussão literária com os estudantes e autores.
*Promover lançamentos das produções recriadas dos estudantes.

06/2007

Avaliação




Observação da interação e evolução que o projeto de leitura “ Pequenos multiplicadores” propiciou entre as relações pessoais dos envolvidos e os hábitos transformadores do prazer de ler que se estabeleceu através das atividades propostas.

...E o sonho, a arquitetura de hipóteses, o lúdico, fazem parte da experiência das crianças (...)
(FREIRE)






























06/2007



Bibliografia




FREIRE, Paulo Raízes e Asas. São Paulo. CENPEC/UNICEF/MEC/ITAU, Vol.4.
LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo; ed. Ática, 1997.
FREIRE, Instituto Paulo. Almanaque histórico. São Paulo, ed. Mercado Cultural.
REGO, Teresa Cristina. Vygostsky: Uma perspectiva histórico-cultural da educação.Petrópolis,RJ: Vozes 1995.
EDUCAÇÃO, Revista É preciso transformar. Ler, escrever e libertar, pág. 34. Nº. 102.
ESCOLA, nova. Revista Avaliação, pág.30. Nº199.
ESCOLA, nova. Revista Leitura; Todas as leituras, pág.31. Nº194.
APRENDE. Brasil. Revista O poderoso mundo da leitura, pág.08. Nº 09.










06/2007

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Pedagogia do Oprimido



Opressor e oprimido dos lados da mesma moeda!
 Falar-nos bem Paulo Freire neste livro que aponta para diversos meus de opressão, entres a escola que se põe a trabalho da opressão contras a grande maioria de indivíduos de nosso planeta. Usando de recursos muitas vezes invisíveis aos olhos de nossa gente para mantê-los na servidão.
E por vezes o próprio autor se pergunta como não ser, já que todo o sistema colabora para isto. O próprio oprimido educado nesta contextualização contribui para a opressão sua e de outros, reproduzindo a opressão em varias escalas, no seu meio e no seu intimo.
Ai o autor nos fala de verdadeira libertação, que seria a criação de um homem novo. Forjando-se num novo paradigma, onde não exista mais opressor e oprimido. Este novo homem será responsável pela sua libertação e pela libertação de seu opresso.
Porque o opressor também está preso ao sistema em que vive, sendo muitas vezes humanitário para negar sua violência. Cobra então Freire uma postura humanista que se opõe a postura humanitária. Afirma ele que enquanto a primeira dar o direito de todos terem liberdade a segunda aplaca a consciência do opressor em violentar os direitos do outro (o oprimido)
Só uma conscientização da opressão imposta ao oprimido levara a uma libertação dos dois opostos.
E como podemos despertar a consciência libertaria ser estamos basicamente estruturados sobre uma educação bancaria, de deposito de informações, em lugar de problematização de informações. Tem neste contexto como professor uma função narratária como nos fala Freire (Pg65) transformando o professor em sujeito e o aluno em objeto. Quando a relação seria de sujeito/sujeito, passa a ser objeto/sujeito.
E esta objetização do aluno torna-o vulnerável a opressão, como também torna o professor opressor e oprimido. Formando um ciclo vicioso de opressão. Libertemos as mentes jovens e libertaremos a categoria da opressão.
Enquanto mantivermos uma educação que deposita no aluno o fracasso, teremos uma categoria de profissionais fracassados, não pela sua condição de professor nas por sua condição de negar a opressão. A liberdade só é valida se é para todos não podemos admitir uma liberdade seletiva e parcial. Enfim é isto que Paulo Freire nos diz neste livro que tornasse muito mais importante quando percebemos nossa condição de oprimidos reproduzindo a opressão.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

sobre mim!



Às vezes me pergunto o que é mais importante nesta vida e sempre diante destas indagações encontro como resposta a educação! Tanto como educadora ou como aprendiz vejo-a fazer parte constantemente de minha vida. E posso dizer sinto-me feliz com isto.




Sou aluna da cartilha de Paulo Freire e como tal compreendo que todos nós somos capazes de contribuir ao aprendizado do outro, as crianças os idosos, nós mesmos. Por isso eu procuro estar sempre aberta a novos conhecimentos, todos os dias de minha vida.



Talvez seja esta disponibilidade que me leve à contemplação poética, que traga aos meus dias este brilho que ao mesmo tempo em que me eleva também me traga para o abismo do medo de não mais poder fazer coisas belas, amar este destino é sobre tudo me entregar ao abismo que é esta necessidade de saber.



Considero-me uma pessoa simples, com gostos e atividades com este mesmo contexto. Por isso considero que meus alunos também possam participar deste caminho, eles como eu são capazes sim de criar poesia com a matéria do cotidiano, e assim eu os estimulo e vejo grandes resultados.



Ver esta capacidade nas crianças cria uma nova perspectiva para a educação, para mim como professor e para o mundo de hoje como realidade. Talvez esteja na hora de abrirmos a cortina e deixar que nossos alunos brilhem como as estrelas que são.



Nos como professores devemos estimular nossos alunos a trilhar melhores caminhos, durante este tempo que estive escrevendo este texto, uma estrofe de um poema que fiz recentemente não sai de minha cabeça. Diz assim “O sol muito egoísta nos impede de brilhar, mas a lua generosa tece um manto estelar”. Ou seja, quero ser para meus alunos a lua.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

"A educação modela as almas e recria os corações. Ela é a alavanca das mudanças sociais




"Não posso continuar sendo humano se faço desaparecer em mim a esperança"



''Não há saber mais, nem saber menos, há saberes diferentes''



"Como professor não me é possível ajudar o educando a superar sua ignorância se não supero permanentemente a minha".



"O tempo que levamos dizendo que para haver alegria na escola é preciso primeiro mudar radicalmente o mundo é o tempo que perdemos para começar a inventar e a viver a alegria".



"...aprender não é um ato findo.Aprender é um exercício constante de renovação..."



"...Inauguram o desamor, não os desamados, mas os que não amam, porque apenas se amam..."



"A amorosidade de que falo, o sonho pelo qual brigo e para cuja realização me preparo permanentemente, exigem em mim, na minha experiência social, outra qualidade: a coragem de lutar ao lado da coragem de AMAR!!!"

"Não é, porém, a esperança um cruzar de braços e esperar. Movo-me na esperança enquanto luto e, se luto com esperança, espero. "



"Por isso a alfabetização não pode ser feita de cima para baixo, como uma dádiva ou uma imposição, mas de dentro para fora, pelo próprio analfabeto e apenas com a colaboração do educador"."Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo; os homens educam-se entre si, mediados pelo mundo".



"A teoria sem a prática é puro verbalismo inoperante, a prática sem a teoria é um atavismo cego".



"O conhecimento exige uma presença curiosa do sujeito em face do mundo. Requer uma ação transformadora sobre a realidade. Demanda uma busca constante. “Implica em invenção e em reinvenção”.



"Estudar exige disciplina. Estudar não é fácil. porque estudar pressupõe criar, recriar, e não apenas repetir o que os outros dizem...""Estudar é um dever revolucionário""A escola sozinha não muda as condições de injustiças sociais... Resta perguntar: Está fazendo tudo que pode?"



"Não nego a competência, por outro lado, de certos arrogantes, mas lamento neles a ausência de simplicidade que, não diminuindo em nada seu saber, os faria gente melhor. Gente mais gente".

"A educação tem caráter permanente. Não há seres educados e não educados. Estamos todos nos educando".



"Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa, por isso aprendemos sempre".

FRASES DE PAULO FREIRE

"Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda".




"Educar e educar-se, na prática da liberdade, é tarefa daqueles que pouco sabem - por isto sabem que sabem algo e podem assim chegar a saber mais - em diálogo com aqueles que, quase sempre, pensam que nada sabem, para que estes, transformando seu pensar que nada sabem em saber que pouco sabem, possam igualmente saber mais".



"O mundo não é, o mundo está sendo".



"A leitura do mundo precede a leitura da palavra"



"Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda".



"O homem, ser de relações, e não só de contatos, não apenas está no mundo, mas com o mundo"



"É porque eu amo o mundo que luto para que a justiça social venha antes da caridade"



"Somente o homem pode distanciar-se do objeto para admirá-lo"



"Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho, as pessoas se libertam em comunhão."



"Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo".


Total de visualizações de página