Opressor e oprimido dos lados da mesma moeda!
Por: Maria das Dores Andrade
Falar-nos bem Paulo Freire neste livro que aponta para diversos meus de opressão, entres a escola, que se põe a trabalho da opressão contras a grande maioria de indivíduos de nosso planeta. Usando de recursos muitas vezes invisíveis aos olhos de nossa gente para mantê-los na servidão.
E por vezes o próprio autor se pergunta como não ser, já que todo o sistema colabora para isto. O próprio oprimido educado nesta contextualização contribui para a opressão sua e de outros, reproduzindo a opressão em varias escalas, no seu meio e no seu intimo.
Ai o autor nos fala de verdadeira libertação, que seria a criação de um homem novo. Forjando-se num novo paradigma, onde não exista mais opressor e oprimido. Este novo homem será responsável pela sua libertação e pela libertação de seu opresso.
Porque o opressor também está preso ao sistema em que vive, sendo muitas vezes humanitário para negar sua violência. Cobra então Freire, uma postura humanista que se opõe a postura humanitária. Afirma ele que enquanto a primeira dar o direito de todos terem liberdade, a segunda aplaca a consciência do opressor em violentar os direitos do outro (o oprimido).
Só uma conscientização da opressão imposta ao oprimido levara a uma libertação dos dois opostos.
E como podemos despertar a consciência libertaria se estamos basicamente estruturados sobre uma educação bancaria, de deposito de informações, em lugar de problematização de informações. Tem neste contexto como professor uma função narratária como nos fala Freire (Pg65) transformando o professor em sujeito e o aluno em objeto. Quando a relação seria uma relação de sujeito/sujeito, passa a ser objeto/sujeito.
E esta objetização do aluno torna-o vulnerável a opressão, como também torna o professor opressor e oprimido. Formando um ciclo vicioso de opressão. Libertemos as mentes jovens e libertaremos a categoria da opressão.
Enquanto mantivermos uma educação que deposita no aluno o fracasso, teremos uma categoria de profissionais fracassados, não pela sua condição de professor nas por sua condição de negar a opressão. A liberdade só é valida se é para todos não podemos admitir uma liberdade seletiva e parcial. Enfim é isto que Paulo Freire nos diz neste livro, que tornasse muito mais importante quando percebemos nossa condição de oprimidos reproduzindo a opressão.
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