Maria das Dores de Andrade Barros
Para Começar nosso trabalho nos perguntamos: Como a contemporaneidade tem agido no cotidiano das crianças. O filosofo Bauman responde esta pergunta fazendo uma analise que vai além da simples observação do contexto infantil.
Ele vem trazendo a tona, diversos problemas que estão postos na sociedade como um todo. Tal qual o conflito entre, A modernidade sólida e a modernidade líquida. O conflito se põe porque a sociedade não percebe que, hora ela exalta o modo fechado de sociedade, hora ela pratica o modo aberto de forma extrema, com uma postura que favorece a quebra de valores, das tradições, da rotina, instalando a provisoriedade, valorizando o individualismo e a desregularização das coisas, com uma visão de sociedade descentralizada.
A infância neste processo se encontra extremamente Prejudicada, pois, há uma mudança de postura que se configura em uma parentalidade envergonhada, na qual a permissividade é uma constante, os pais tendem a tomar esta postura para se desculpar pela falta de tempo dedicado aos filhos, gerando uma fragilidade da função paterna.
Por outro lado, as crianças respondem a esta postura com uma outra, que relaciona a situação vivida e traz a sociedade sua resposta, por exemplo, o encurtamento da infância é resultado da precocidade na qual ela foi posta em contato com a vida adulta, a hiperescolarização, hiperestimulação, a desvalorização do brincar, o narcisismo e o culto exagerado dos objetos. Como pode uma criança ver-se criança se ao seu redor não a valor em ser-lo.
Todos nós procuramos adotar posturas valorizadas pela sociedade, haja vista, nossa necessidade de nos integrar a grupos, e neles encontrar um espelho de nós mesmos. Podemos ver esta postura nos bandos de adolescentes, que ao passo que querem ser vistos como indivíduos únicos, procura se enturmar com outros aos quais se identificam.
Devemos observar que, o ser humano é um ser social, muito embora a contemporaneidade tente negar isto, toda a nossa postura nos leva a reproduzir posturas sociais, por isso, faz-se necessário desenvolvermos nossas criticidade, para que não sejamos também vitimas desta realidade contemporânea.
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